Rapel no Buraco das Araras (Um dia em Formosa, Goiás)
Por Piña Blog & Neuton - setembro 13, 2016 -
Local:
Formosa, GO, Brazil
Missão: Pegar a estrada rumo a Formosa para fazer rapel! |
Parte 1 - Pegando a estrada cedinho!
Saímos de Brasília por volta das 7h da manhã. Pegaríamos mais ou menos 120km de estrada. A maior parte asfalto, mas tem um pouquinho de estrada de chão (tranquila, 10 Km, para entrar nela não tem erro tem uma placa do Hotel Araras) para chegar até o Buraco das Araras. Então prepare-se para sujar o carro rs.
Esse aí na foto abrindo a porteira é o ótimo guia Leonardo (veja o contato no final do post), que nos acompanhou durante todo o dia. Nossa amiga Liliam conseguiu a indicação dele após entrar em contato com o CAT (Centro de Atendimento ao Turismo), muito boa ideia, pois aí temos certeza que são profissionais qualificados e sérios. Repare na plaquinha de Propriedade Particular, o Buraco das Araras fica dentro de uma área privada e é necessário pagar uma taxa de 5 reais por pessoa para a entrada. Mas como fizemos o combo com rapel, já ficou tudo incluído (150 reais como taxa fixa para os guias e mais 30 reais por pessoa pela descida sem rapel. Com rapel, são mais 80 reais por pessoa. Como fomos em 6 pessoas, ficou 135 reais para cada um). Por volta das 9h30 da manhã chegamos!
Parte 2 - O Buraco era mais embaixo!
Confessamos. Ao chegar lá e dar de cara com o "buraco" a coragem ficou um pouco estremecida. No nosso grupo, só um casal havia feito rapel (Igor e Liliam). Então, ao ver a formação de mais de 300 metros de diâmetro e mais de 100 metros de profundidade. Vimos que o "buraco era mais embaixo", literalmente. Mas já estávamos ali, né? 💪
A vista lá de cima já é bem legal, muita gente que está em hotéis fazenda da região passa por ali só para ver o "Buraco" |
Aproveitamos para tirar algumas fotos enquanto a coragem vinha 😂. Depois, partimos para a área onde aconteceria o rapel. Os instrutores nos explicaram que desceríamos de uma área de aproximadamente 80 metros. Mas que seria tranquilo pois o rapel seria, em sua maior parte, "negativo". Isso quer dizer que a inclinação do buraco iria nos deixar livres para descer sem o risco de ficar batendo na pedra.
Antes de ir para o rapel de fato, fizemos um treino (vídeo acima) com uma corda instalada em uma árvore. Dá mais segurança para nós que fomos marinheiros de primeira viagem.
Os primeiros a descer foram o Igor e a Liliam, além de serem os únicos que já tinham descido, como já comentamos, era o casal que tinha a integrante mais corajosa do grupo, a Liliam. Reparem ali no canto esquerdo da foto, aqueles pontos brancos são abelhas do mal, que foram um desafio a mais no início da descida, tinha uma nuvem delas, e gostam bastante de entrar no cabelo das pessoas.
Igor e Liliam chegaram tranquilamente, então foi a vez do André e da Dani. Nessa foto dá para ver bem o paredão que tivemos que descer. |
Na foto da esquerda, aquele pontinho azul lá em cima sou eu kkk, o Neuton está um pouco mais abaixo. Na foto da direita, a Liliam, como eu disse, a mais corajosa do grupo, arriscou até descer um pouco de ponta cabeça.
Missão cumprida 🏆! Todos chegaram em segurança! Vale a pena sair da zona de conforto e enfrentar nossos medos. |
Parte 3 - Para a Batcaverna!
A natureza é mesmo incrível, em pleno cerrado, no fundo do buraco, encontramos uma vegetação de mata, super diferente. Começamos a trilha, não muito fácil, em direção ao buraco dentro do buraco rs. Na caverna fica a lagoa transparente.
As formações rochosas próximas a entrada da caverna são muito interessantes, existem
Finalmente, chegamos à batcaverna recompensa! A água é tão transparente e a caverna é tão escura que se você não prestar atenção, cai na água sem nem perceber, e é bom perceber porque são aproximadamente 4 metros de profundidade rs. O guia nesse momento pede que a gente desligue todas as lanternas e apenas sinta a caverna... e ouça seus habitantes. Ah sim, nossos sorrisos congelados no rosto dão a dica da temperatura da água.
A ideia foi boa, tirar uma foto com todos boiando, mas a execução nem tanto, a expectativa era tipo uma foto de nado sincronizado, a realidade é que parece aquele lago das almas de Hades. |
A água da caverna era transparente, mas a escuridão não deixou que a gente tirasse fotos subaquáticas, mas esse efeito muito louco ficou até legal. Mais almas.
Parte 4 - Faltava a última aventura: escalaminhada!
Tudo que desce tem que subir, rs. Cansados e molhados era hora de voltar pelo menos caminho que entramos. Exceto que a parte do rapel seria agora pelo paredão em uma escalaminhada.
Tá aí, palavra nova para mim, escalaminhada. Mas é de fácil dedução rs. E garanto para você, o rapel é bem mais tranquilo do que se fosse para descer esse paredão "escalaminhando". Na foto ao lado, dá para ter uma pequena noção do espaço que tínhamos para pisar. Nenhum.
Mais uma vez a importância de estar com um bom guia, e com bons equipamentos. Haviam cordas para nos dar apoio na subida, e fez toda a diferença. Quando chegamos tinha um casal encarando a descida sozinhos sem guia, pedindo para chegar ao destino antes do tempo rs.
Tá aí, palavra nova para mim, escalaminhada. Mas é de fácil dedução rs. E garanto para você, o rapel é bem mais tranquilo do que se fosse para descer esse paredão "escalaminhando". Na foto ao lado, dá para ter uma pequena noção do espaço que tínhamos para pisar. Nenhum.
Mais uma vez a importância de estar com um bom guia, e com bons equipamentos. Haviam cordas para nos dar apoio na subida, e fez toda a diferença. Quando chegamos tinha um casal encarando a descida sozinhos sem guia, pedindo para chegar ao destino antes do tempo rs.
Conseguimos!! De volta a terra firme em total segurança 🙏 e agradecidos por um passeio top! |
Parte 5 - Relaxando na (quase) Cachoeira do Bisnau
O dia ainda estava lindo, céu azul. Então dava para mais uma parada: A Cachoeira do Bisnau. Ela fica a uns 20km do Buraco das Araras e ao lado existe o Sítio Arqueológico Bisnau, que infelizmente não visitamos pois estávamos esgotados.
Pelo mesmo motivo de estarmos esgotados, é que foi a "quase" cachoeira. Ela também fica em uma propriedade particular, pagamos 15 reais por pessoa para entrar, o guia teve que ficar de fora nos esperando :(. Ao seguirmos o caminho para a cachoeira, encontramos apenas uma "piscina natural" com uma pequena queda. As pessoas que estavam por ali nos informaram que a cachoeira ficava bem mais abaixo, e que a descida era também no estilo "escalaminhada". Resolvemos nos refrescar por ali mesmo. Já estávamos com fome então preferimos a "quase" cachoeira.
Apesar de ser "quase" cachoeira, a temperatura da água era de cachoeira de verdade. Eu quase não entrei, mas o pessoal deu uma "força". Ficamos por ali um pouco, era bem rasinho. Depois seguimos a estrada de volta para Formosa e depois Brasília. Cansados, porém satisfeitos!
Dica bônus #1: Como já comentado no post, conseguimos o contato dos guias pela CAT (Central de Atendimento ao Turista), essa é uma boa dica para indicações de passeios perto de onde você mora, ou para quando for para algum lugar que não tem muita dica na internet ainda. O número do CAT de Formosa é (61) 3981-1234 e o (61) 9686-0142.
Dica bônus #2: Graças a dica #1, fizemos o passeio com uma equipe muito boa. O guia é o Leonardo (+55 61 9 9973-6020) e os instrutores de rapel foram o Fred (+55 61 9 9934-2243) e o Alessandro.
Dica bônus #3: Infelizmente a BR 020, utilizada para esse passeio, não é duplicada. Então é muito importante ter atenção no trânsito, e, de preferência, não voltar à noite.
Dica bônus #4: Caso não saiba nadar, é bom levar colete para entrar no lago da caverna, ele é bastante fundo.
Dica bônus #5: Não esqueça de levar água e repelente, são essenciais para esse passeio!
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